❝ Toda a dor desaparece com o tempo por mais profunda que seja… cedo os pesares deixam de manchar o estofo cambiante da existência… Nem custa a desembaraçar a alma das recordações, que ligam ainda os vivos aos mortos… Assim, vai o mundo!
Ontem, dor que parecia ser eterna, — sim, eterna como a aurora; hoje, esquecimento total das criaturas extintas, e cuja presença, além disso, seria importuna! E, realmente, os mortos são bem maçantes personagens em exigir uma memória sua sobre a terra. Para quê?
Machado de Assis, no conto “Bagatela”, em “Contos avulsos”
Abaixo: Renoir, o jardim
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